terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Street Fighter: The Legend of Chun-li

Não é querendo ser chato não, mas será que esses caras não percebem que algumas coisas que eles fazem são extremamente duvidosas? Esse filme é mais uma delas, a menos que eu esteja profundamente enganado.



sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Portishead - Third


O cd Third, do Portishead, é uma das coisas mais interessantes que eu ouvi esse ano. O experimentalismo onipresente em todas as canções, somado à melancolia da voz de Beth Gibbons, dão o tom de um álbum que está entre os melhores do ano.

O Portishead abre o álbum com a música Silence, que possuem uma introdução falada em português, sobre algo como a "regra" de que tudo o que você faz receberá em troca. A seguir, segue Hunter, uma das músicas mais soturnas do cd. Na verdade, todas têm mais ou menos a mesma tensão, só que expressa de maneiras diferentes no decorrer do cd. As letras, pelo que persegui, condizem com o clima e são indiretas, interpretativas, assim como o próprio som da banda. Os meus destaques vão para Plastic, Magic Doors, e Machine Gun. Essa última possui uma batida tão marcada, tão característica que, junto com a voz de Gibbons, faz com que Machine Gun se torne a música mais hipnotizante do cd. Impressionante. Deep Water também chama a atenção por ser a música mais "leve" do cd. Um suspiro aliviado em meio a tensão que permeia o cd inteiro.

A impressão que o Portishead me deixa é que eles compõem as músicas de uma forma que "descontrói" a melodia. Tanto que algumas músicas não são tão fáceis de assimilar, sendo "digeridas" de pouco em pouco. Parece que as músicas sempre tem um instrumental pesado, etéreo, e que a voz da vocalista simplesmente flutua em meio a essa atmosfera.

Mesmo depois de terem demorado 11 anos para lançar o cd, o Portishead mostra que está em forma e vem para marcar presença, sempre de forma singular e tensa, bem tensa.

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

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O que esperar do dia 22 de março de 2009.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Novo clipe da Dido

Abaixo segue o novo clipe da Dido, uma cantora que, na minha opinião, tem uma voz única. Além de ser linda, claro.

Dido - Don't Believe In Love


sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Os filmes e os games

Ultimamente, muitas adaptações de jogos em filmes têm sido feitas, ainda que não obtendo tanto êxito como poderiam. Resident Evil, Max Payne, Street Fighter (mais antigo) e Hitman são alguns exemplos de games que, mal-adaptados para as telonas, não conseguiram cumprir totalmente com o prometido nos cinemas. Da mesma forma, uma série de filmes têm sido adaptados para os videogames, também não funcionando tão bem quanto na sua mídia original. Grandes franquias como Transformers e Piratas do Caribe tiveram seus games, mas não chegaram nem perto do sucesso e da qualidade que têm seus filmes.

O que acontece agora é que a relação cinema-games está se ampliando e ultrapassando a barreira das adaptações. Cada vez mais, nos games, atores são contratados para emprestar suas características físicas aos personagens dos jogos, fazendo captura de movimentos e tendo sua própria face transportada para o game. Além disso, os roteiros de alguns jogos estão se tornando cada vez mais complexos, aproximando cada vez mais os dois universos. Steven Spielberg disse recentemente que inclusive alguns filmes têm adotado técnicas de filmagem similares às mostradas em jogos. Como exemplo, citou os filmes da série Bourne e o mais novo Wanted, de Timur Bekmambetov, que utilizam de cortes rápidos para construir cenas mais dinâmicas. O diretor é um dos que mais ativamente participam desse universo dos games, já contabilizando vários projetos. Foi idealizador da série de games em primeira pessoa Medal of Honor, um dos jogos de tiro mais famosos de todos os tempos. Seu mais recente projeto foi um jogo chamado Bloom Box, para o videogame Wii, da Nintendo.

Com relação aos roteiros, Spielberg ainda disse que alguns jogos utilizam mal as cenas não-interativas para contar as histórias, e que é preciso ter "sinergia entre história e jogo". O interessante de tudo isso é que essa relação entre os games e os filmes estimulam a criação de projetos mais audaciosos, onde quem sai ganhando é o jogador, que ganha em conteúdo e diversão. Um dos projetos mais interessantes nessa linha de produção é um jogo que está sendo feito para o console Playstation 3 chamado Heavy Rain. Uma demonstração em vídeo do sistema gráfico do jogo já foi mostrado, e impressionou. O video mostrava uma espécie de monólogo de uma atriz que chorava e mostrava expressões faciais foto-realistas, tudo gerado em tempo real e mostrando detalhes como rugas, imperfeições da pele e pintas. Com relação a história, os idealizadores prometem algo inovador e incomum no universo dos games, fazendo com que o jogador possa explorar a história de modo particular, traçando seu caminho próprio até chegar ao final pré-estabelecido. Além disso, o jogo terá também uma jogabilidade diferente do normal em jogos de adventure.

Mudanças bem-vindas e expectativas altas em relação a esse novo cenário cinema-games.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

A temporada de premiações

E começa a temporada das premiações do cinema. Entre indicações e vitórias, a lista de filmes que podem chegar ao Oscar, o tão desejado prêmio do cinema, vai se tornando mais visível. Os indicados ao Globo de Ouro já foram anunciados. Entre os concorrentes ao prêmio de melhor filme estão o novo de David Fincher, O Curioso Caso de Benjamim Button; o filme político Frost/Nixon, de Ron Howard; O novo filme de Sam Mendes, Foi Apenas Um Sonho; Slumdog Millionaire, de Danny Boyle (diretor de Trainspotting e Extermínio) e The Reader, de Stephen Daldry (diretor de As Horas).

Nas diversas outras categorias, aparecem ainda Vicky Cristina Barcelona, do Woody Allen (Melhor Filme Musical ou Comédia); Queime Depois de Ler (dos Cohen); Milk, com uma indicação de Sean Penn a melhor ator (aliás, esperava-se mais indicações para esse filme...); The Wrestler, o já premiado filme de Darren Aronofsky, com indicação de melhor ator para Mickey Rourke; Wall-E, para melhor animação; A Troca, de Clint Eastwood, com Angelina Jolie concorrendo a melhor atriz, entre outros. Os campeõs de indicações para o Globo de Outro foram O Curioso Caso de Benjamim Button, Frost/Nixon e Doubt, um filme sobre um confronto que envolve um padre que teria abusado de um estudante negro.

Um dos grandes destaques dessas indicações ao Globo de Ouro foi o nome de Heath Ledger entre os indicados ao prêmio de melhor ator coadjuvante. Seu papel marcante em Batman - O Cavaleiro das Trevas como o sombrio Coringa pode levar seu nome também ao Oscar, com grandes possibilidades de uma premiação póstuma. Eu, sinceramente, espero que isso aconteça.

Alguns prêmios já saíram. Nos Estados Unidos, o Conselho Nacional de Crítica Cinematográfica elegeu Slumdog Millionaire como o melhor filme de 2008. Já os críticos de Nova York elegeram Milk, de Gus Van Sant, o melhor do ano.

Agora é esperar pra ver.


E eu ficarei torcendo por Heath Ledger.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Os melhores de 2008

http://entertainment.timesonline.co.uk/tol/arts_and_entertainment/music/article5293605.ece

O jornal britânico Times divulgou uma lista dos que, na opinião do jornal, são os melhores cds de 2008. Em primeiro lugar, na categoria Rock e Pop, ficou o Fleet Foxes. Com o cd de estréia, a banda já conseguiu o topo da lista. O álbum é realmente muito bom, com melodias e vocais muito bem feitos e arranjados. Fez bonito e atraiu todos os holofotes para si. Mas não sei se concordo com tudo. Day and Age, do The Killers, como já havia dito antes, foi meu preferido. Porém está na lista, o que já é alguma coisa. Acho que o cd do Sigur Rós, o
Med Sud I Eyrum Vid Spilum Endalaust, deveria estar em posições mais valorizadas, no mínimo no lugar do cd do Kanye West, por exemplo. O álbum mais novo do Travis, Ode to J. Smith, nem está na lista, sendo que é muito bom. O Elbow com seu Seldom Seen Kid mereceu seu lugar.

Na minha opinião, uma boa lista, apesar de algumas coisinhas aqui a ali.


sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

The Killers - Day and Age


The Killers em pouco tempo se tornou uma das bandas mais apreciadas no cenário musical mundial. Em 4 anos, já venderam mais de 12 milhões de discos. Agora, em seu terceiro disco, o grupo de Las Vegas mostra que veio pra ficar e que ainda tem muita coisa boa para oferecer ao público.

Após uma fórmula bem-sucedida em Hot Fuss, com teclados fortes e músicas empolgantes e um álbum todo pomposo em Sam's Town, Day and Age chega como um trabalho muito bem produzido e apostando em alguns ritmos diferentes do que a banda já fez. Começando com a inspiradora Losing Touch, o cd segue pela faixa Human, o primeiro single, com fortes batidas eletrônicas. Os fãs mais puristas torceram um pouco o nariz, achando que o caminho a ser trilhado seria o dos sintetizadores. Mas as músicas seguintes vêm para comprovar que os fãs estavam errados. Spaceman tem toda a levada empolgada do The Killers, e tem cara de single. A primeira mudança que se sente de verdade na sonoridade vem com Joy Ride, com uma melodia toda cheia de "swing", alegre e dançante. Bem dançante. A Dustland Fairytale tem um início calminho, que vai se intensificando. This Is Your Life é uma das minhas preferidas, com um jogo de vozes interessante e uma melodia "doce". I Can't Stay é muito bonita, com uma levada de violão em meio a alguns efeitos e uma batida
light, com direito a instrumentos de sopro mais pro final. Neon Tiger, segundo o próprio Brandom Flowers, foi escrita enquanto ele pensava em MGMT. Faz todo sentido. Mas com pitadas de The Killers bem claras, obviamente. The World We Live In é ótima, toda "multi-colored FLOWERS". A última música do cd, Goodnight, Travel Well, é uma das únicas músicas "épicas" da banda. No começo confesso que tinha uma e outra ressalva com relação a ela, mas isso já foi superado. São daquelas músicas executadas sem pressa, explorando cada variação até saturar, mas sem passar do ponto no fim das contas. Há ainda duas músicas bônus, A Crippling Blow e Forget About What I Say, que também são legais para complementar o álbum, sem compromisso.

Day and Age, pra mim, é o melhor do ano.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Queime depois de ler


Dessa vez, farei apenas um breve comentário. Não que o filme dos irmãos Cohen não mereça uma crítica completa e longa, mas simplesmente porque achei que seria mais interessante falar sobre um "detalhe" na obra dos Cohen.

Em resumo, Queime depois de ler fala sobre um ex-agente da Cia chamado Osbourne Cox (John Malkovitch) que começa a escrever uma espécie de livro de memórias, cujos arquivos caem nas mãos de dois empregados de uma academia, Chad (Brad Pitt) e Linda (Frances McDormand). E são arquivos que tem uma certa relevância pelas informações que trazem. O filme mostra toda a confusão, que envolve também outros personagens, como a esposa de Cox (Tilda Swinton) e seu amante (George Clooney), além de passar por consulados e cirurgias plásticas.


O ponto que gostaria de ressaltar é a violência usada pelos irmãos Cohen. Não pela quantidade dela, mas sim pela forma como eles a usam. Confesso que em algumas partes eu realmente não esperava que algumas cenas um tanto quanto chocantes acontecessem, mas isso foi interessante de se ver. Os irmãos Cohen filmam a violência de um forma mais séria e, ao mesmo tempo, irônica. Comparando com outros casos, é uma abordagem bem característica. Por exemplo, se compararmos a violência de Quentin Tarantino com a dos Cohen, podemos perceber que a do primeiro é escrachada e
cult, enquanto a dos irmãos é mais pesada, com mais cara de humor negro. Enquanto você ri assistindo uma cena de decepações mil em Kill Bill, você fica impressionado com algumas cenas de Queime depois de ler, principalmente porque são inesperadas.

Enfim, foi só algo que me ocorreu e que gostaria de registrar. Alías, Queime depois de ler é bem divertido e vale o ingresso só por John Malkovitch e seus inúmeros "What the f#$%?".

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Vicky Cristina Barcelona

Woody Alen está se tornando um dos meus diretores favoritos...


Vicky Cristina Barcelona conta a história de duas amigas, Vicky (Rebecca Hall) e Cristina (Scarlet Johansson) que vão a Barcelona para ficar um tempo na cidade. Vicky está lá para continuar seus estudos e Cristina acompanha a amiga para mudar um pouco a rotina e buscar novas experiências. Certa noite, enquanto jantam num restaurante da cidade, recebem uma proposta um tanto quanto irreverente de certo homem chamado Juan Antonio (Javier Bardem). A partir daí, o filme entra numa teia de relações complexas e toma um rumo interessantíssimo de se analisar.

As atuações são muito competentes. A beleza das atrizes é algo notável. Isso com relação à Vicky e Cristina, na primeira parte do filme. A partir do momento em que Maria Elena (Penélope Cruz) entra em cena, todos os parâmetros são alterados. Dos filmes que já assisti, esse com certeza é o que a atriz está mais impressionante. Nem quando não está em seus melhores momentos Penélope Cruz deixa de mostrar uma beleza radiante. Sua atuação também é imcomparável. Javier Bardem como sempre cumpre seu papel muito bem e constrói um personagem interessante. A abordagem sobre a arte no filme também chama a atenção. Maria Elena e Juan Antonio são artistas plásticos e pintam seus quadros de maneira similar. O interessante é relacionar suas pinturas com seu relacionamento: sempre são obras cheias de cores, instáveis, rabiscadas, por vezes até agressivas. Cristina também se expressa através de suas fotografias, e essas também sintetizam a busca, o deslumbramento e sua posição com relação à vida e ao amor.

Confesso que, no início do filme, não estava muito convencido sobre a narração em
off. Achei que poderia atrapalhar ou simplificar o filme. No decorrer da projeção, porém, pude perceber que, em meio ao furacão de sentimentos e relacionamentos, a narração é algo claro e objetivo que proporciona um escape desse quadro, além de acompanhar e delinear o desenvolvimento da história. A narração também aproxima o telespectador do filme. Um amigo que me acompanhou achou que, sem a narração, o filme ficaria mais "enigmático". Por isso, acho que foi uma boa escolha colocar a narração, visto que a história por si só já dá muito pano pra manga e não necessitaria de mais complicações.

Em resumo, mais um belo trabalho de Woody Allen, que sobe cada vez mais os degraus rumo ao meu pódio.

Radiohead...Agora vai mesmoo!

Foram confirmadas as datas das apresentações da banda britânica no Brasil! O grupo desembarca primeiro no Rio, no dia 20 de março, para se apresentar para 35 mil pessoas na Praça da Apoteose. No dia 22 de março, São Paulo poderá curtir o show na Chácara do Jockey. Nesse show, serão 30 mil pessoas. Tanto no Rio quanto em São Paulo, o preço dos ingressos será único: 200 reais, com a meia-entrada valendo 100 reais. As vendas começam às 0h do dia 5, no site www.ingresso.com. Nas bilheterias, as vendas começam às 9h da manhã, ao lado do portão 24 do Pacaembu (São Paulo) e na bilheteria 1 do Maracanãzinho (Rio). Nas bilheterias, só será aceito dinheiro.

Será incrível. ;)

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

A meia-entrada

Ontem, a Comissão de Educação do Senado aprovou a regularização de meia-entrada em eventos culturais e esportivos. Agora, a cota para a meia-entrada é de 40%. A proposta surgiu depois que empresários ligados ao ramo de eventos reivindicaram, através de uma carta aberta, uma cota para a venda de meia-entrada, que em alguns casos chegava a 80% dos ingressos.

A proposta estabelece não só a cota de 40%, mas também outras condições. O objetivo é também criar uma carteirinha-padrão, para evitar falsificações. Depois que se autorizou a compra de ingressos de meia-entrada com qualquer documento estudantil, o número de carteirinhas ilegais cresceu muito. Esse é exatamente um dos pontos que os artistas e empresários do ramo usaram como base para essa movimentação pró-cota. Além disso, um outro ponto com relação a venda de meia-entrada é que apenas os setores mais baratos terão essa possibilidade de desconto. Por exemplo, num show, só a pista,
que normalmente é o setor mais barato, terá ingressos vendidos 50% mais baratos. A meia-entrada valerá para pessoas com mais de 60 anos e estudantes, do nível fundamental ao superior.

Há também uma proposta de criação de um conselho que fiscalize essa venda de meia-entrada, para que se cumpra a cota estabelecida. Por parte dos produtores, a promessa é de que o preço dos ingressos abaixe, para estimular as pessoas a consumir mais cultura no país. Já a União Nacional dos Estudantes (UNE) disse que vai entrar com recurso e levar essa decisão mais adiante. Assim, provavelmente o sistema de cotas ainda passará por outras alterações e votações até chegar ao nível de sanção presidencial. Estima-se que, depois de aprovado, o sistema entre em vigor no segundo semestre do ano que vem.





segunda-feira, 24 de novembro de 2008

...soon.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Rec


Esse fim de semana foi bom em termos de cinema. Fui assistir a dois filmes: o novo 007 - Quantum Of Solace (ótimo) e o espanhol Rec. Como já se fala bastante por aí sobre o novo filme do agente secreto britânico, decidi fazer meu breve comentário sobre esse segundo filme.

Rec é um filme de terror espanhol dirigido por
Jaume Balagueró e Paco Plaza. A história mostra uma repórter (Manoela Velasco) e seu camera man (no caso desse filme o diretor de fotografia Pablo Rosso) fazendo para seu programa de televisão uma matéria num quartel de bombeiros, mostrando como é o dia-a-dia dessses profissionais. Quando os bombeiros são chamados para resolver um problema num determinado prédio, a repórter e o câmera vão junto, para registrar o trabalho dos bombeiros quando estes estão em ação.

A partir daí, o filme perde o tom descontraído que possui no começo para adentrar numa tensão cada vez mais estabalecida conforme o tempo passa. A perspectiva em primeira pessoa durante todo o filme coloca o telespectador numa posição muito pessoal em meio ao caos que se instala no interior daquele edifício. Isso tudo potencializado por um trabalho de áudio muito competente, apostando nos barulhos e sons ambientes, sempre trazendo a ação do filme o mais próximo possível da realidade. As interpretações também são satisfatórias.

A base do filme é, sem sombra de dúvidas, o recurso adotado de filmar tudo com a câmera na mão. Esse tipo de filmagem se tornou famoso com o filme de terror A Bruxa de Blair e também foi usado de forma impressionante no filme Cloverfield, de J.J. Abrams, o pirado porém incrível criador de Lost. Em Rec, esse recurso também ganha um toque singular, ao criar situações que funcionam muito bem devido a esse estilo de gravação.

Uma excelente pedida para quem gosta do gênero, Rec é um filme que aposta no medo constante e em situações inusitadas, a maior parte delas proporcionada pela forma de filmagem adotada. Enfim, recomendadíssimo!

Obs: prepare-se para dez minutos de cenas APAVORANTES no fim do filme.






segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Lovers in Japan

O novo incrível clipe do Coldplay.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Agora vai!


Sim, agora vai. Finalmente uma das bandas mais aclamadas do mundo virá ao Brasil fazer seu show. O Radiohead, banda inglesa liderada por Thom Yorke, anunciou algumas datas de uma turnê pela América Latina. Por enquanto, farão um show no México, um no Chile (nesse os ingressos provavelmente já acabaram uma hora dessas...), um na Argentina e outro no Brasil. Os locais e datas exatos para esses dois últimos países ainda não foram informados, mas como o próprio site oficial diz ( www.radiohead.com ) tais detalhes serão informados logo. É o término de uma longa espera dos fãs por aqui, que esperam ansiosamente o dia de ver o quinteto mostrar aos brasileiros músicas que ficaram conhecidas por sua qualidade e singularidade.

O Radiohead vem ao Brasil para tocar um repertório extenso, que passeia por entre os sete álbuns que a banda já possui ( e de repente, até músicas novas, visto que já estão gravando novamente). Nos shows da atual turnê, porém, o que dominou o repertório foi o último álbum, In Rainbows, tocado na íntegra. Sempre variando bastante o set list, o Radiohead faz um show extenso, ideal para os mais fãs, tocando sempre 20 e poucas músicas.

Enfim, agora é só aguardar até o dia de conferir ao vivo as incríveis composições dessa banda que marcou época.




terça-feira, 11 de novembro de 2008

Kaiser Chiefs no Planeta Terra 2008

Foto: Reinaldo Marques/Terra

O Festival Planeta Terra, que rolou no último sábado dia 8 e se estendeu até o domingo, foi um exemplo de como eventos musicais podem ser bem sucedidos no Brasil. A organização primorosa fez com que tudo fosse feito em ordem e na hora certa. As bandas entraram pontualmente (eu olhava no relógio e era sempre na hora, às vezes até uns minutinhos antes), os banheiros com as folhas de eucalipto no chão são uma idéia genial, os palcos estavam muito bem montados e as coisas estavam como deveriam estar em qualquer festival. Além de ser politicamente correto, porque havia muitas lixeiras de lixo orgânico e reciclável por toda a Vila dos Galpões.

Com um evento tão bem organizado assim, os shows ganhavam mais destaque. E assim foi o show do Kaiser Chiefs. A banda de Leeds mostrou a que veio e encerrou o festival como prometia.


Começando pontualmente a 1h30 do domingo, o Kaiser Chiefs veio com força total com o hit "Everything Is Average Nowadays" e pôs o público pra pular. Em seguida, já mandaram um de seus principais sucessos do primeiro álbum, a música "Everyday I Love You Less And Less", que fez com que quem ainda estivesse parado se mexesse e muito. Seguindo por um set list recheado de músicas conhecidas, o Kaiser Chiefs contagiou também com sua presença de palco. Não era raro ver o hiperativo Ricky Wilson indo pro meio da galera e cantando de lá mesmo. Além disso, não faltaram palavras em português por parte do vocalista, que fazia questão de pegar um papel e ler o que queria falar.


Outro destaque vai para o tecladista Peanut, que mesmo tendo operado o apêndice no dia anterior (!) estava lá firme e forte pra dar uma força. Isso justifica todas as vezes que Ricky Wilson o chamava de "herói" (e por consequência nos pedia para fazer o mesmo).

Um show incrível para fechar um festival incrível.


Set list:


Everything is Average Nowadays

Everyday I Love You Less and Less

Heat Dies Down

You Want History

Ruby
Modern Way

Never Miss a Beat

Caroline, Yes
Na Na Na Na Naa

I Predict a Riot

Half the Truth
Angry Mob

Take My Temperature

Oh My God

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

"Mudança na qual podemos acreditar"

Imagem de John Gress/Reuters

Podemos dizer que testemunhamos um fato histórico nesse 4 de novembro de 2008. O democrata Barack Obama, de 47 anos, foi eleito o primeiro presidente negro dos Estados Unidos. E ainda bateu recordes. O primeiro é a quantidade de pessoas que saíram para votar: quase 66% dos 153,1 milhões de eleitores registrados foram às urnas. Foi a maior participação dos eleitores nos Estados Unidos desde 1908, inclusive batendo o recorde mais recente, de 1960, quando John Kennedy foi eleito. Além disso, Obama conseguiu no mínimo 342 votos no Colégio Eleitoral, ultrapassando e muito os 270 que precisava. Seu adversário, o republicano John McCain, conseguir 143 votos.

Nesse contexto, um verdadeiro "landslide" de Obama.

O futuro agora é de mudanças. E nisso, nós já acreditamos.


segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Kaiser Chiefs - Off With Their Heads



Kaiser Chiefs foi uma daquelas bandas que não foi muito difícil de gostar. O primeiro álbum que ouvi deles foi Yours Truly, Angry Mob, o que tem a famosa-quase-hino "Ruby". Logo na primeira ouvida, fiquei impressionado com a diversão que aquele álbum proporcionava, mesmo tendo uma e outra musiquinha mais lentinha. Diversão pura e acessível de cara. Depois, conheci um pouco do Employment, o disco de estréia da banda, que também tem suas músicas consagradas. "Everyday I Love You Less And Less", "I Predict A Riot" e "Oh My God" já fazem do cd um ótimo álbum e uma ótima alternativa para quem quer ouvir algo empolgante.

Assim, quando foi anunciado que o Kaiser Chiefs lançaria o terceiro álbum, já estava esperando mais uma seleção de músicas contagiantes e "fáceis" de assimilar. Principalmente depois que a banda disse que as músicas estavam mais divertidas do que nunca. E ainda tinha a produção do Mark Ronson, que faz umas coisas legais.

Pois Off With Their Heads não é exatamente assim.

Na primeira ouvida, confesso que achei um tanto quanto esquisito. A música que, de cara, mais se encaixa no perfil dos Chiefs é, sem dúvida, "Never Miss A Beat", o primeiro single do álbum. O restante do cd, porém, mostrou uma atmosfera diferente. Cadê a diversão imediata, cadê as músicas fáceis de assimilar? Na segunda escutada, acho que nem cheguei ao fim do cd. Desisti antes. E já estava achando que o Kaiser Chiefs decidiu abandonar o "funny" e mudar para o "serious". Até que, na tentativa seguinte...

...entendi. Off With Their Heads mostra uma amadurecida no som do Kaiser Chiefs. E, se você reparar bem, ainda vai encontrar a diversão lá. As coisas não são tão fáceis como eram antes, mas também são ótimas. A primeira música do cd, "Spanish Metal", meio que representa isso. Parece que está indo com calma, pra te preparar pro hit "Never Miss a Beat". É mais preparado, se é assim que posso explicar o que acho desse álbum. E no geral, o álbum é melhor que o anterior. Porque depois que você "entende" como funciona o cd, acaba percebendo que mais músicas chamam a atenção. Meus destaques vão para "Like It Too Much", "Cant Say What I Mean", "Tomato In The Rain" (a primeira que eu "entendi") e "Remember You're A Girl" (a música mais bonita do cd). Isso sem contar com os possíveis singles, que também são ótimos e que eu só não destaquei para não destacar o cd inteiro, que são "Half The Truth" e "Always Happens Like That", essa última com uma participação da Lilly Allen.

Resumindo: se você não gostou do cd logo de primeira, de mais chances, assim como eu fiz. Porque vale a pena. O Kaiser Chiefs, mais uma vez, fez um ótimo (e divertido!) trabalho.

E que venha o Planeta Terra Festival!

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Um pouco do que está por vir...

terça-feira, 28 de outubro de 2008

This life is lived in perfect symmetry


Antes mesmo do lançamento do cd novo do Keane, os integrantes da banda deixavam bem claro que o novo álbum seria diferente. Certa vez, Tom Chaplin, o vocalista, disse que estavam usando vários sons estranhos e que, às vezes, duvidavam se aqueles sons eram musicalmente interessantes ou apenas um monte de barulho. As expectativas criadas em torno do álbum animavam quem era favorável a mudanças no som da banda, enquanto os mais puristas ficavam torcendo o nariz.


Eis que surge a primeira demonstração do "novo" Keane, uma música chamada "Spiralling". Todos já contavam com mudanças, mas ninguém achava que seriam tão bruscas. Abastada de sonoridades um tanto quanto oitentistas, a música chamava a atenção também porque tinha uma atmosfera alegre, bem diferente das músicas dos dois álbuns anteriores, que apostavam num sonzinho mais triste e emocional. Confesso que, de primeiro instante, estranhei. Tive que ouvir algumas vezes pra me acostumar. Mas enfim gostei, e muito.


Após algum tempinho, mais músicas foram liberadas. E as expectativas foram aumentando. Até que Perfect Symmetry saiu. E abalou os fãs, alguns de forma positiva e outros de forma negativa.


Começando com "Spiralling", a primeira música liberada, o Keane já dá a partida numa jornada musical animada e diferente do seu "normal". Em seguida vem "The Lovers are Losing". Essa música foi paixão à primeira ouvida. Linda, também traz uma sonoridade meio antiga, mas é mais melódica que a primeira. Uma das melhores músicas do cd, e uma das melhores do Keane, sem dúvida nenhuma. "Better than this", a seguinte, talvez seja a música mais ousada que o Keane já fez. Não tem absolutamente nada a ver com os dois primeiros cds, tem palminhas no meio e falsetes empolgados de Chaplin. Mas ainda assim é boa. "You Haven't Told Me Anything" tem bastante teclado e bateria eletrônica, também uma novidade em relação aos trabalhos anteriores. "Perfect Symmetry" é, para mim, a música mais viciante do cd. Linda, com mais cara de Keane do que as anteriores, parece uma nova "Everybody's Changing", sucesso do primeiro cd (muitos discordariam disso, mas é o que acho). "You Don't See Me" é baladinha calminha, bonita, mais compatível com o que se espera quando se pensa em Keane. "Again & Again" tem cara de single e é uma das músicas mais animadas do cd, mostrando um vocal potente e extremamente competente de Tom Chaplin. "Playing Alone" é uma das melhores do cd, com uma letra linda, ao mesmo tempo que um tanto melancólica, com sonoridade épica conforme chega ao final. "Pretend That You're Alone" também é animada, com uma letra um tanto quanto contra modismos e estatutos. "Black Burning Heart" é a música mais simples do cd. É a única do cd que, ao meu ver, se encaixaria no primeiro álbum deles, o Hopes and Fears. Mas é ótima. E finalizando o álbum, vem a inspirada "Love Is The End", música que também lembra o Keane em sua fórmula original.


Em resumo, o álbum alcançou as expectativas daqueles que já contavam com algo diferente. Alguns estranharam logo de começo. Mas tenho certeza que a qualidade das músicas irá convencê-los de que as mudanças que o Keane trouxe para sua música foram positivas. Além das músicas já citadas, não posso deixar de destacar uma b-side chamada "My Shadow", que surpreendentemente não entrou no cd, mas que é de uma beleza impressionante.


Perfect Symmetry é a prova de que o Keane entrou para o hall das bandas mais ousadas da atualidade.

domingo, 26 de outubro de 2008

Os Klaxons no Tim

Na última chuvosa quinta-feira, em São Paulo, o Tim Festival teve seu dia de "Novas Raves". Após a desistência da banda The Gossip, da excêntrica Beth Ditto, as expectativas ficaram todas em cima do Klaxons, banda ganhadora do Mercury Prize do ano passado.

Antes do Klaxons, porém, tocou a banda Neon Neon, que na verdade é uma dupla de pop eletrônico. Acompanhados de mais dois integrantes, fizeram um bom show de abertura, entretendo o público que, em sua maioria, não conhecia as músicas. Misturando uma bateria muito presente com inúmeros efeitos de sintetizador, o Neon Neon marcou presença com um som agradável, com uma pitadinha de experimental, principalmente no fim do show. Mas o destaque desse show ficou por conta do cantor norte-americano Har Mar Superstar, que entrou no palco lá pela metade do show e roubou a cena. Vestindo jeans, uma blusinha curta, uma espécie de manta amarela e acessórios dourados com lantejoulas nos braços, Har Mar cantou e agitou o público mostrando uma energia e uma presença de palco que, pensando bem, nenhum integrante do Neon Neon possuía.

Mas a grande maioria (incluindo eu) estava lá pra ver mesmo os Klaxons. E valeu a pena. Conhecidos por músicas de rock com uma pegada dançante "eletrônica", o quarteto tocou muito bem e fez o público pular. Começando com "Bouncer" seguida por "Atlantis to Interzone", a banda tocou seu álbum Myths of the Near Future quase na íntegra e ainda apresentou duas músicas de seu próximo álbum, ainda em produção. Usando e abusando do teclado, ressaltado pelas guitarras agressivas, o Klaxons fez uma apresentação curta, porém intensa. Vestidos em trajes pouco convencionais, combinando com o clima etéreo de algumas músicas, deixaram claro que não são apenas mais uma banda nova da Inglaterra, mas que já conquistaram seu lugar no cenário musical da atualidade.
O set list do show foi esse:

"Bouncer"
"Atlantis To Interzone"
"Totem on the Timeline"
"Golden Skans"
"Moonhead"
"As Above, So Below"
"Two Receivers"
"Magick"
"Calm Trees"
"Gravity's Rainbow"
"Isle of Her"

(bis)
"It's Not Over Yet"
"Four Horsemen of 2012" (esta última acompanha por mais uma aparição de Har Mar Superstar)

E assim foi a ótima noite "Novas Raves" do Tim Festival 2008.



sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Buzzing

buzz1
buzz1
n 1 zumbido, zunido. 2 murmúrio, sussurro. 3 cochicho, rumor. 4 coll telefonema. • vt+vi 1 zumbir, zunir. 2 murmurar, sussurrar. 3 falar de modo excitado. 4 cochichar, rumorejar. 5 voar (avião) em vôo rasteiro e rápido. 6 coll telefonar. to buzz about mover-se para lá e para cá com muita pressa. to buzz off sl a) desaparecer, escapar-se furtivamente. b) desligar (telefone).

buzz2
buzz2
interj quieto!



O importante é a opinião. Esse é o lema que o
Buzzing in the ear tem estabelecido. A mente humana trabalha, maquina, se esforça tanto para chegar em algum lugar, alguma conclusão, e as pessoas simplesmente deixam todo esse esforço lá, guardado, armazenado como um estoque sem utilidade. É preciso se expressar. Deixar que fluam os pensamentos. Que interajam os pontos de vista. Neste blog, o que importa é fazer parte com uma opinião, seja ela qual for. E assim, construtivamente, incentivar a discussão. Sem discussão não há sociedade.



O blog vai tratar do que calhar ser tratado. Do que estiver na mente quando o texto estiver sendo escrito. Da opinião, do pensamento espontâneo. Ou calculado. Daquilo que é o desejo da mente de se expressar. E isso só é possível com a participação de todos os envolvidos, dos dois lados. Comentários, críticas, sugestões. O que "der na telha". Assim, construiremos todos juntos um blog agradável onde quem quiser pode expor a todos o que pensa.




Afinal, o importante é a opinião. Nem que essa venha na forma de um cochicho.