terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Street Fighter: The Legend of Chun-li

Não é querendo ser chato não, mas será que esses caras não percebem que algumas coisas que eles fazem são extremamente duvidosas? Esse filme é mais uma delas, a menos que eu esteja profundamente enganado.



sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Portishead - Third


O cd Third, do Portishead, é uma das coisas mais interessantes que eu ouvi esse ano. O experimentalismo onipresente em todas as canções, somado à melancolia da voz de Beth Gibbons, dão o tom de um álbum que está entre os melhores do ano.

O Portishead abre o álbum com a música Silence, que possuem uma introdução falada em português, sobre algo como a "regra" de que tudo o que você faz receberá em troca. A seguir, segue Hunter, uma das músicas mais soturnas do cd. Na verdade, todas têm mais ou menos a mesma tensão, só que expressa de maneiras diferentes no decorrer do cd. As letras, pelo que persegui, condizem com o clima e são indiretas, interpretativas, assim como o próprio som da banda. Os meus destaques vão para Plastic, Magic Doors, e Machine Gun. Essa última possui uma batida tão marcada, tão característica que, junto com a voz de Gibbons, faz com que Machine Gun se torne a música mais hipnotizante do cd. Impressionante. Deep Water também chama a atenção por ser a música mais "leve" do cd. Um suspiro aliviado em meio a tensão que permeia o cd inteiro.

A impressão que o Portishead me deixa é que eles compõem as músicas de uma forma que "descontrói" a melodia. Tanto que algumas músicas não são tão fáceis de assimilar, sendo "digeridas" de pouco em pouco. Parece que as músicas sempre tem um instrumental pesado, etéreo, e que a voz da vocalista simplesmente flutua em meio a essa atmosfera.

Mesmo depois de terem demorado 11 anos para lançar o cd, o Portishead mostra que está em forma e vem para marcar presença, sempre de forma singular e tensa, bem tensa.

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

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O que esperar do dia 22 de março de 2009.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Novo clipe da Dido

Abaixo segue o novo clipe da Dido, uma cantora que, na minha opinião, tem uma voz única. Além de ser linda, claro.

Dido - Don't Believe In Love


sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Os filmes e os games

Ultimamente, muitas adaptações de jogos em filmes têm sido feitas, ainda que não obtendo tanto êxito como poderiam. Resident Evil, Max Payne, Street Fighter (mais antigo) e Hitman são alguns exemplos de games que, mal-adaptados para as telonas, não conseguiram cumprir totalmente com o prometido nos cinemas. Da mesma forma, uma série de filmes têm sido adaptados para os videogames, também não funcionando tão bem quanto na sua mídia original. Grandes franquias como Transformers e Piratas do Caribe tiveram seus games, mas não chegaram nem perto do sucesso e da qualidade que têm seus filmes.

O que acontece agora é que a relação cinema-games está se ampliando e ultrapassando a barreira das adaptações. Cada vez mais, nos games, atores são contratados para emprestar suas características físicas aos personagens dos jogos, fazendo captura de movimentos e tendo sua própria face transportada para o game. Além disso, os roteiros de alguns jogos estão se tornando cada vez mais complexos, aproximando cada vez mais os dois universos. Steven Spielberg disse recentemente que inclusive alguns filmes têm adotado técnicas de filmagem similares às mostradas em jogos. Como exemplo, citou os filmes da série Bourne e o mais novo Wanted, de Timur Bekmambetov, que utilizam de cortes rápidos para construir cenas mais dinâmicas. O diretor é um dos que mais ativamente participam desse universo dos games, já contabilizando vários projetos. Foi idealizador da série de games em primeira pessoa Medal of Honor, um dos jogos de tiro mais famosos de todos os tempos. Seu mais recente projeto foi um jogo chamado Bloom Box, para o videogame Wii, da Nintendo.

Com relação aos roteiros, Spielberg ainda disse que alguns jogos utilizam mal as cenas não-interativas para contar as histórias, e que é preciso ter "sinergia entre história e jogo". O interessante de tudo isso é que essa relação entre os games e os filmes estimulam a criação de projetos mais audaciosos, onde quem sai ganhando é o jogador, que ganha em conteúdo e diversão. Um dos projetos mais interessantes nessa linha de produção é um jogo que está sendo feito para o console Playstation 3 chamado Heavy Rain. Uma demonstração em vídeo do sistema gráfico do jogo já foi mostrado, e impressionou. O video mostrava uma espécie de monólogo de uma atriz que chorava e mostrava expressões faciais foto-realistas, tudo gerado em tempo real e mostrando detalhes como rugas, imperfeições da pele e pintas. Com relação a história, os idealizadores prometem algo inovador e incomum no universo dos games, fazendo com que o jogador possa explorar a história de modo particular, traçando seu caminho próprio até chegar ao final pré-estabelecido. Além disso, o jogo terá também uma jogabilidade diferente do normal em jogos de adventure.

Mudanças bem-vindas e expectativas altas em relação a esse novo cenário cinema-games.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

A temporada de premiações

E começa a temporada das premiações do cinema. Entre indicações e vitórias, a lista de filmes que podem chegar ao Oscar, o tão desejado prêmio do cinema, vai se tornando mais visível. Os indicados ao Globo de Ouro já foram anunciados. Entre os concorrentes ao prêmio de melhor filme estão o novo de David Fincher, O Curioso Caso de Benjamim Button; o filme político Frost/Nixon, de Ron Howard; O novo filme de Sam Mendes, Foi Apenas Um Sonho; Slumdog Millionaire, de Danny Boyle (diretor de Trainspotting e Extermínio) e The Reader, de Stephen Daldry (diretor de As Horas).

Nas diversas outras categorias, aparecem ainda Vicky Cristina Barcelona, do Woody Allen (Melhor Filme Musical ou Comédia); Queime Depois de Ler (dos Cohen); Milk, com uma indicação de Sean Penn a melhor ator (aliás, esperava-se mais indicações para esse filme...); The Wrestler, o já premiado filme de Darren Aronofsky, com indicação de melhor ator para Mickey Rourke; Wall-E, para melhor animação; A Troca, de Clint Eastwood, com Angelina Jolie concorrendo a melhor atriz, entre outros. Os campeõs de indicações para o Globo de Outro foram O Curioso Caso de Benjamim Button, Frost/Nixon e Doubt, um filme sobre um confronto que envolve um padre que teria abusado de um estudante negro.

Um dos grandes destaques dessas indicações ao Globo de Ouro foi o nome de Heath Ledger entre os indicados ao prêmio de melhor ator coadjuvante. Seu papel marcante em Batman - O Cavaleiro das Trevas como o sombrio Coringa pode levar seu nome também ao Oscar, com grandes possibilidades de uma premiação póstuma. Eu, sinceramente, espero que isso aconteça.

Alguns prêmios já saíram. Nos Estados Unidos, o Conselho Nacional de Crítica Cinematográfica elegeu Slumdog Millionaire como o melhor filme de 2008. Já os críticos de Nova York elegeram Milk, de Gus Van Sant, o melhor do ano.

Agora é esperar pra ver.


E eu ficarei torcendo por Heath Ledger.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Os melhores de 2008

http://entertainment.timesonline.co.uk/tol/arts_and_entertainment/music/article5293605.ece

O jornal britânico Times divulgou uma lista dos que, na opinião do jornal, são os melhores cds de 2008. Em primeiro lugar, na categoria Rock e Pop, ficou o Fleet Foxes. Com o cd de estréia, a banda já conseguiu o topo da lista. O álbum é realmente muito bom, com melodias e vocais muito bem feitos e arranjados. Fez bonito e atraiu todos os holofotes para si. Mas não sei se concordo com tudo. Day and Age, do The Killers, como já havia dito antes, foi meu preferido. Porém está na lista, o que já é alguma coisa. Acho que o cd do Sigur Rós, o
Med Sud I Eyrum Vid Spilum Endalaust, deveria estar em posições mais valorizadas, no mínimo no lugar do cd do Kanye West, por exemplo. O álbum mais novo do Travis, Ode to J. Smith, nem está na lista, sendo que é muito bom. O Elbow com seu Seldom Seen Kid mereceu seu lugar.

Na minha opinião, uma boa lista, apesar de algumas coisinhas aqui a ali.


sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

The Killers - Day and Age


The Killers em pouco tempo se tornou uma das bandas mais apreciadas no cenário musical mundial. Em 4 anos, já venderam mais de 12 milhões de discos. Agora, em seu terceiro disco, o grupo de Las Vegas mostra que veio pra ficar e que ainda tem muita coisa boa para oferecer ao público.

Após uma fórmula bem-sucedida em Hot Fuss, com teclados fortes e músicas empolgantes e um álbum todo pomposo em Sam's Town, Day and Age chega como um trabalho muito bem produzido e apostando em alguns ritmos diferentes do que a banda já fez. Começando com a inspiradora Losing Touch, o cd segue pela faixa Human, o primeiro single, com fortes batidas eletrônicas. Os fãs mais puristas torceram um pouco o nariz, achando que o caminho a ser trilhado seria o dos sintetizadores. Mas as músicas seguintes vêm para comprovar que os fãs estavam errados. Spaceman tem toda a levada empolgada do The Killers, e tem cara de single. A primeira mudança que se sente de verdade na sonoridade vem com Joy Ride, com uma melodia toda cheia de "swing", alegre e dançante. Bem dançante. A Dustland Fairytale tem um início calminho, que vai se intensificando. This Is Your Life é uma das minhas preferidas, com um jogo de vozes interessante e uma melodia "doce". I Can't Stay é muito bonita, com uma levada de violão em meio a alguns efeitos e uma batida
light, com direito a instrumentos de sopro mais pro final. Neon Tiger, segundo o próprio Brandom Flowers, foi escrita enquanto ele pensava em MGMT. Faz todo sentido. Mas com pitadas de The Killers bem claras, obviamente. The World We Live In é ótima, toda "multi-colored FLOWERS". A última música do cd, Goodnight, Travel Well, é uma das únicas músicas "épicas" da banda. No começo confesso que tinha uma e outra ressalva com relação a ela, mas isso já foi superado. São daquelas músicas executadas sem pressa, explorando cada variação até saturar, mas sem passar do ponto no fim das contas. Há ainda duas músicas bônus, A Crippling Blow e Forget About What I Say, que também são legais para complementar o álbum, sem compromisso.

Day and Age, pra mim, é o melhor do ano.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Queime depois de ler


Dessa vez, farei apenas um breve comentário. Não que o filme dos irmãos Cohen não mereça uma crítica completa e longa, mas simplesmente porque achei que seria mais interessante falar sobre um "detalhe" na obra dos Cohen.

Em resumo, Queime depois de ler fala sobre um ex-agente da Cia chamado Osbourne Cox (John Malkovitch) que começa a escrever uma espécie de livro de memórias, cujos arquivos caem nas mãos de dois empregados de uma academia, Chad (Brad Pitt) e Linda (Frances McDormand). E são arquivos que tem uma certa relevância pelas informações que trazem. O filme mostra toda a confusão, que envolve também outros personagens, como a esposa de Cox (Tilda Swinton) e seu amante (George Clooney), além de passar por consulados e cirurgias plásticas.


O ponto que gostaria de ressaltar é a violência usada pelos irmãos Cohen. Não pela quantidade dela, mas sim pela forma como eles a usam. Confesso que em algumas partes eu realmente não esperava que algumas cenas um tanto quanto chocantes acontecessem, mas isso foi interessante de se ver. Os irmãos Cohen filmam a violência de um forma mais séria e, ao mesmo tempo, irônica. Comparando com outros casos, é uma abordagem bem característica. Por exemplo, se compararmos a violência de Quentin Tarantino com a dos Cohen, podemos perceber que a do primeiro é escrachada e
cult, enquanto a dos irmãos é mais pesada, com mais cara de humor negro. Enquanto você ri assistindo uma cena de decepações mil em Kill Bill, você fica impressionado com algumas cenas de Queime depois de ler, principalmente porque são inesperadas.

Enfim, foi só algo que me ocorreu e que gostaria de registrar. Alías, Queime depois de ler é bem divertido e vale o ingresso só por John Malkovitch e seus inúmeros "What the f#$%?".

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Vicky Cristina Barcelona

Woody Alen está se tornando um dos meus diretores favoritos...


Vicky Cristina Barcelona conta a história de duas amigas, Vicky (Rebecca Hall) e Cristina (Scarlet Johansson) que vão a Barcelona para ficar um tempo na cidade. Vicky está lá para continuar seus estudos e Cristina acompanha a amiga para mudar um pouco a rotina e buscar novas experiências. Certa noite, enquanto jantam num restaurante da cidade, recebem uma proposta um tanto quanto irreverente de certo homem chamado Juan Antonio (Javier Bardem). A partir daí, o filme entra numa teia de relações complexas e toma um rumo interessantíssimo de se analisar.

As atuações são muito competentes. A beleza das atrizes é algo notável. Isso com relação à Vicky e Cristina, na primeira parte do filme. A partir do momento em que Maria Elena (Penélope Cruz) entra em cena, todos os parâmetros são alterados. Dos filmes que já assisti, esse com certeza é o que a atriz está mais impressionante. Nem quando não está em seus melhores momentos Penélope Cruz deixa de mostrar uma beleza radiante. Sua atuação também é imcomparável. Javier Bardem como sempre cumpre seu papel muito bem e constrói um personagem interessante. A abordagem sobre a arte no filme também chama a atenção. Maria Elena e Juan Antonio são artistas plásticos e pintam seus quadros de maneira similar. O interessante é relacionar suas pinturas com seu relacionamento: sempre são obras cheias de cores, instáveis, rabiscadas, por vezes até agressivas. Cristina também se expressa através de suas fotografias, e essas também sintetizam a busca, o deslumbramento e sua posição com relação à vida e ao amor.

Confesso que, no início do filme, não estava muito convencido sobre a narração em
off. Achei que poderia atrapalhar ou simplificar o filme. No decorrer da projeção, porém, pude perceber que, em meio ao furacão de sentimentos e relacionamentos, a narração é algo claro e objetivo que proporciona um escape desse quadro, além de acompanhar e delinear o desenvolvimento da história. A narração também aproxima o telespectador do filme. Um amigo que me acompanhou achou que, sem a narração, o filme ficaria mais "enigmático". Por isso, acho que foi uma boa escolha colocar a narração, visto que a história por si só já dá muito pano pra manga e não necessitaria de mais complicações.

Em resumo, mais um belo trabalho de Woody Allen, que sobe cada vez mais os degraus rumo ao meu pódio.

Radiohead...Agora vai mesmoo!

Foram confirmadas as datas das apresentações da banda britânica no Brasil! O grupo desembarca primeiro no Rio, no dia 20 de março, para se apresentar para 35 mil pessoas na Praça da Apoteose. No dia 22 de março, São Paulo poderá curtir o show na Chácara do Jockey. Nesse show, serão 30 mil pessoas. Tanto no Rio quanto em São Paulo, o preço dos ingressos será único: 200 reais, com a meia-entrada valendo 100 reais. As vendas começam às 0h do dia 5, no site www.ingresso.com. Nas bilheterias, as vendas começam às 9h da manhã, ao lado do portão 24 do Pacaembu (São Paulo) e na bilheteria 1 do Maracanãzinho (Rio). Nas bilheterias, só será aceito dinheiro.

Será incrível. ;)