quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Um pouco do que está por vir...

terça-feira, 28 de outubro de 2008

This life is lived in perfect symmetry


Antes mesmo do lançamento do cd novo do Keane, os integrantes da banda deixavam bem claro que o novo álbum seria diferente. Certa vez, Tom Chaplin, o vocalista, disse que estavam usando vários sons estranhos e que, às vezes, duvidavam se aqueles sons eram musicalmente interessantes ou apenas um monte de barulho. As expectativas criadas em torno do álbum animavam quem era favorável a mudanças no som da banda, enquanto os mais puristas ficavam torcendo o nariz.


Eis que surge a primeira demonstração do "novo" Keane, uma música chamada "Spiralling". Todos já contavam com mudanças, mas ninguém achava que seriam tão bruscas. Abastada de sonoridades um tanto quanto oitentistas, a música chamava a atenção também porque tinha uma atmosfera alegre, bem diferente das músicas dos dois álbuns anteriores, que apostavam num sonzinho mais triste e emocional. Confesso que, de primeiro instante, estranhei. Tive que ouvir algumas vezes pra me acostumar. Mas enfim gostei, e muito.


Após algum tempinho, mais músicas foram liberadas. E as expectativas foram aumentando. Até que Perfect Symmetry saiu. E abalou os fãs, alguns de forma positiva e outros de forma negativa.


Começando com "Spiralling", a primeira música liberada, o Keane já dá a partida numa jornada musical animada e diferente do seu "normal". Em seguida vem "The Lovers are Losing". Essa música foi paixão à primeira ouvida. Linda, também traz uma sonoridade meio antiga, mas é mais melódica que a primeira. Uma das melhores músicas do cd, e uma das melhores do Keane, sem dúvida nenhuma. "Better than this", a seguinte, talvez seja a música mais ousada que o Keane já fez. Não tem absolutamente nada a ver com os dois primeiros cds, tem palminhas no meio e falsetes empolgados de Chaplin. Mas ainda assim é boa. "You Haven't Told Me Anything" tem bastante teclado e bateria eletrônica, também uma novidade em relação aos trabalhos anteriores. "Perfect Symmetry" é, para mim, a música mais viciante do cd. Linda, com mais cara de Keane do que as anteriores, parece uma nova "Everybody's Changing", sucesso do primeiro cd (muitos discordariam disso, mas é o que acho). "You Don't See Me" é baladinha calminha, bonita, mais compatível com o que se espera quando se pensa em Keane. "Again & Again" tem cara de single e é uma das músicas mais animadas do cd, mostrando um vocal potente e extremamente competente de Tom Chaplin. "Playing Alone" é uma das melhores do cd, com uma letra linda, ao mesmo tempo que um tanto melancólica, com sonoridade épica conforme chega ao final. "Pretend That You're Alone" também é animada, com uma letra um tanto quanto contra modismos e estatutos. "Black Burning Heart" é a música mais simples do cd. É a única do cd que, ao meu ver, se encaixaria no primeiro álbum deles, o Hopes and Fears. Mas é ótima. E finalizando o álbum, vem a inspirada "Love Is The End", música que também lembra o Keane em sua fórmula original.


Em resumo, o álbum alcançou as expectativas daqueles que já contavam com algo diferente. Alguns estranharam logo de começo. Mas tenho certeza que a qualidade das músicas irá convencê-los de que as mudanças que o Keane trouxe para sua música foram positivas. Além das músicas já citadas, não posso deixar de destacar uma b-side chamada "My Shadow", que surpreendentemente não entrou no cd, mas que é de uma beleza impressionante.


Perfect Symmetry é a prova de que o Keane entrou para o hall das bandas mais ousadas da atualidade.

domingo, 26 de outubro de 2008

Os Klaxons no Tim

Na última chuvosa quinta-feira, em São Paulo, o Tim Festival teve seu dia de "Novas Raves". Após a desistência da banda The Gossip, da excêntrica Beth Ditto, as expectativas ficaram todas em cima do Klaxons, banda ganhadora do Mercury Prize do ano passado.

Antes do Klaxons, porém, tocou a banda Neon Neon, que na verdade é uma dupla de pop eletrônico. Acompanhados de mais dois integrantes, fizeram um bom show de abertura, entretendo o público que, em sua maioria, não conhecia as músicas. Misturando uma bateria muito presente com inúmeros efeitos de sintetizador, o Neon Neon marcou presença com um som agradável, com uma pitadinha de experimental, principalmente no fim do show. Mas o destaque desse show ficou por conta do cantor norte-americano Har Mar Superstar, que entrou no palco lá pela metade do show e roubou a cena. Vestindo jeans, uma blusinha curta, uma espécie de manta amarela e acessórios dourados com lantejoulas nos braços, Har Mar cantou e agitou o público mostrando uma energia e uma presença de palco que, pensando bem, nenhum integrante do Neon Neon possuía.

Mas a grande maioria (incluindo eu) estava lá pra ver mesmo os Klaxons. E valeu a pena. Conhecidos por músicas de rock com uma pegada dançante "eletrônica", o quarteto tocou muito bem e fez o público pular. Começando com "Bouncer" seguida por "Atlantis to Interzone", a banda tocou seu álbum Myths of the Near Future quase na íntegra e ainda apresentou duas músicas de seu próximo álbum, ainda em produção. Usando e abusando do teclado, ressaltado pelas guitarras agressivas, o Klaxons fez uma apresentação curta, porém intensa. Vestidos em trajes pouco convencionais, combinando com o clima etéreo de algumas músicas, deixaram claro que não são apenas mais uma banda nova da Inglaterra, mas que já conquistaram seu lugar no cenário musical da atualidade.
O set list do show foi esse:

"Bouncer"
"Atlantis To Interzone"
"Totem on the Timeline"
"Golden Skans"
"Moonhead"
"As Above, So Below"
"Two Receivers"
"Magick"
"Calm Trees"
"Gravity's Rainbow"
"Isle of Her"

(bis)
"It's Not Over Yet"
"Four Horsemen of 2012" (esta última acompanha por mais uma aparição de Har Mar Superstar)

E assim foi a ótima noite "Novas Raves" do Tim Festival 2008.



sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Buzzing

buzz1
buzz1
n 1 zumbido, zunido. 2 murmúrio, sussurro. 3 cochicho, rumor. 4 coll telefonema. • vt+vi 1 zumbir, zunir. 2 murmurar, sussurrar. 3 falar de modo excitado. 4 cochichar, rumorejar. 5 voar (avião) em vôo rasteiro e rápido. 6 coll telefonar. to buzz about mover-se para lá e para cá com muita pressa. to buzz off sl a) desaparecer, escapar-se furtivamente. b) desligar (telefone).

buzz2
buzz2
interj quieto!



O importante é a opinião. Esse é o lema que o
Buzzing in the ear tem estabelecido. A mente humana trabalha, maquina, se esforça tanto para chegar em algum lugar, alguma conclusão, e as pessoas simplesmente deixam todo esse esforço lá, guardado, armazenado como um estoque sem utilidade. É preciso se expressar. Deixar que fluam os pensamentos. Que interajam os pontos de vista. Neste blog, o que importa é fazer parte com uma opinião, seja ela qual for. E assim, construtivamente, incentivar a discussão. Sem discussão não há sociedade.



O blog vai tratar do que calhar ser tratado. Do que estiver na mente quando o texto estiver sendo escrito. Da opinião, do pensamento espontâneo. Ou calculado. Daquilo que é o desejo da mente de se expressar. E isso só é possível com a participação de todos os envolvidos, dos dois lados. Comentários, críticas, sugestões. O que "der na telha". Assim, construiremos todos juntos um blog agradável onde quem quiser pode expor a todos o que pensa.




Afinal, o importante é a opinião. Nem que essa venha na forma de um cochicho.