segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Vicky Cristina Barcelona

Woody Alen está se tornando um dos meus diretores favoritos...


Vicky Cristina Barcelona conta a história de duas amigas, Vicky (Rebecca Hall) e Cristina (Scarlet Johansson) que vão a Barcelona para ficar um tempo na cidade. Vicky está lá para continuar seus estudos e Cristina acompanha a amiga para mudar um pouco a rotina e buscar novas experiências. Certa noite, enquanto jantam num restaurante da cidade, recebem uma proposta um tanto quanto irreverente de certo homem chamado Juan Antonio (Javier Bardem). A partir daí, o filme entra numa teia de relações complexas e toma um rumo interessantíssimo de se analisar.

As atuações são muito competentes. A beleza das atrizes é algo notável. Isso com relação à Vicky e Cristina, na primeira parte do filme. A partir do momento em que Maria Elena (Penélope Cruz) entra em cena, todos os parâmetros são alterados. Dos filmes que já assisti, esse com certeza é o que a atriz está mais impressionante. Nem quando não está em seus melhores momentos Penélope Cruz deixa de mostrar uma beleza radiante. Sua atuação também é imcomparável. Javier Bardem como sempre cumpre seu papel muito bem e constrói um personagem interessante. A abordagem sobre a arte no filme também chama a atenção. Maria Elena e Juan Antonio são artistas plásticos e pintam seus quadros de maneira similar. O interessante é relacionar suas pinturas com seu relacionamento: sempre são obras cheias de cores, instáveis, rabiscadas, por vezes até agressivas. Cristina também se expressa através de suas fotografias, e essas também sintetizam a busca, o deslumbramento e sua posição com relação à vida e ao amor.

Confesso que, no início do filme, não estava muito convencido sobre a narração em
off. Achei que poderia atrapalhar ou simplificar o filme. No decorrer da projeção, porém, pude perceber que, em meio ao furacão de sentimentos e relacionamentos, a narração é algo claro e objetivo que proporciona um escape desse quadro, além de acompanhar e delinear o desenvolvimento da história. A narração também aproxima o telespectador do filme. Um amigo que me acompanhou achou que, sem a narração, o filme ficaria mais "enigmático". Por isso, acho que foi uma boa escolha colocar a narração, visto que a história por si só já dá muito pano pra manga e não necessitaria de mais complicações.

Em resumo, mais um belo trabalho de Woody Allen, que sobe cada vez mais os degraus rumo ao meu pódio.

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